PATRÍCIA X MANOEL: GLOBO PRECISA INTERVIR OU PENSAR EM NOVO PROGRAMA
Em julho do ano passado, a Globo estreou uma nova fase do programa Encontro. No
lugar de Fátima Bernardes, colocou Patrícia Poeta.
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Como "parceiro" de Patrícia, escalou Manoel Soares, que já havia feito quadros nos tempos de Fátima (que passou dez anos na função).
Como telespectador, não tive dúvida desde o primeiro dia: aquele formato não ia funcionar.
Motivo: ele foi feito sob medida para Fátima. Ficou parecendo uma roupa ajustada para outra pessoa.
A Globo vacilou
O primeiro erro da Globo foi que ela deveria ter criado um novo programa. Mudar tudo: nome, formato, quadros.
Mas, parece que foi feito tudo às pressas e com objetivo de reduzir custos.
O segundo erro foi deixar Soares com uma função, a meu ver, nebulosa. Ele é o quê, afinal? Coapresentador? Coadjuvante? Comentarista? Assistente? O nome do programa, inclusive, é Encontro com Patrícia Poeta.
O terceiro erro foi que, aparentemente, a Globo não fez pilotos suficientes antes de colocar o programa no ar.
Se tivesse feito, teria visto o óbvio. Incrível que ninguém lá dentro levantou a mão, pediu a palavra e disse com todas as letras: "Gente, com essa dupla não vai funcionar!".
Não funciona nem na frente das câmeras e muito menos atrás delas.
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Curiosamente, o Encontro tem ido muito bem de ibope, sempre dando médias acima de 7 pontos, até 8 na Grande São Paulo.
Só não é possível saber se esse público está ali para assistir ao programa mesmo, ou só esperando mais um arranca-rabo em rede nacional.
Procurada pela coluna, a Globo não se manifestou. Emissora foi questionada para comentar sobre o clima nos bastidores, fora dele e nas redes sociais, envolvendo os dois apresentadores.
Fonte: Ricardo Feltrin
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Como "parceiro" de Patrícia, escalou Manoel Soares, que já havia feito quadros nos tempos de Fátima (que passou dez anos na função).
Como telespectador, não tive dúvida desde o primeiro dia: aquele formato não ia funcionar.
Motivo: ele foi feito sob medida para Fátima. Ficou parecendo uma roupa ajustada para outra pessoa.
A Globo vacilou
O primeiro erro da Globo foi que ela deveria ter criado um novo programa. Mudar tudo: nome, formato, quadros.
Mas, parece que foi feito tudo às pressas e com objetivo de reduzir custos.
O segundo erro foi deixar Soares com uma função, a meu ver, nebulosa. Ele é o quê, afinal? Coapresentador? Coadjuvante? Comentarista? Assistente? O nome do programa, inclusive, é Encontro com Patrícia Poeta.
O terceiro erro foi que, aparentemente, a Globo não fez pilotos suficientes antes de colocar o programa no ar.
Se tivesse feito, teria visto o óbvio. Incrível que ninguém lá dentro levantou a mão, pediu a palavra e disse com todas as letras: "Gente, com essa dupla não vai funcionar!".
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Clima pesadíssimo
Uma fonte da coluna, veterana da Globo, disse que nunca viu uma produção em que os apresentadores se detestassem tanto.
Soares e Poeta, diz ela, nem sequer olham na cara nos bastidores.
Fora do ar, a coisa está ainda mais pesada.
As torcidas de um e de outro, como é praxe na internet, transformaram o assunto numa "guerra de gêneros e de identitarismo", com direito a ofensas etc.
Por exemplo, tenho visto inúmeras postagens de fãs do apresentador acusando Patrícia de racismo. Não tem nada disso.
São simplesmente duas pessoas que não combinam, dois apresentadores sem a menor réstia de sintonia; duas personalidades absolutamente diferentes; dois bicudos que não se bicam.
Chance perdida
Aliás, talvez, se tivesse apostado nessas diferenças, a Globo hoje tivesse um programa que chamasse a atenção e repercutisse na imprensa pelo conteúdo, e não pelas picuinhas nos bastidores.
A única saída hoje seria uma intervenção da direção artística: fazer esses dois seres humanos sentarem e acertarem suas diferenças de uma vez por todas.
Fazer uma espécie de DR profissional, e sem hora para acabar. Até tudo ficar certo entre eles. A Globo não vai conseguir segurar essa batata quente por muito tempo.
Ou conserta tudo agora ou passa a régua e pensa em um novo programa.
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Uma fonte da coluna, veterana da Globo, disse que nunca viu uma produção em que os apresentadores se detestassem tanto.
Soares e Poeta, diz ela, nem sequer olham na cara nos bastidores.
Fora do ar, a coisa está ainda mais pesada.
As torcidas de um e de outro, como é praxe na internet, transformaram o assunto numa "guerra de gêneros e de identitarismo", com direito a ofensas etc.
Por exemplo, tenho visto inúmeras postagens de fãs do apresentador acusando Patrícia de racismo. Não tem nada disso.
São simplesmente duas pessoas que não combinam, dois apresentadores sem a menor réstia de sintonia; duas personalidades absolutamente diferentes; dois bicudos que não se bicam.
Chance perdida
Aliás, talvez, se tivesse apostado nessas diferenças, a Globo hoje tivesse um programa que chamasse a atenção e repercutisse na imprensa pelo conteúdo, e não pelas picuinhas nos bastidores.
A única saída hoje seria uma intervenção da direção artística: fazer esses dois seres humanos sentarem e acertarem suas diferenças de uma vez por todas.
Fazer uma espécie de DR profissional, e sem hora para acabar. Até tudo ficar certo entre eles. A Globo não vai conseguir segurar essa batata quente por muito tempo.
Ou conserta tudo agora ou passa a régua e pensa em um novo programa.
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Curiosamente, o Encontro tem ido muito bem de ibope, sempre dando médias acima de 7 pontos, até 8 na Grande São Paulo.
Só não é possível saber se esse público está ali para assistir ao programa mesmo, ou só esperando mais um arranca-rabo em rede nacional.
Procurada pela coluna, a Globo não se manifestou. Emissora foi questionada para comentar sobre o clima nos bastidores, fora dele e nas redes sociais, envolvendo os dois apresentadores.
Fonte: Ricardo Feltrin
(Colunista do UOL)
13/04/2023 11h25
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