Renée de Vielmond recusa volta à TV e cuida do acervo do ex, José Wilker

Saudades de Renée de Vielmond, nossa eterna Ligia de Jerônimo o Herói do Sertão. Novela de grande sucesso da extinta TV Tupi. Vide fotogaleria ao final da matéria. 

Renée de Vielmond e Francisco di Franco na novela da TV Tupi Jerônimo o Herói do Sertão Foto: Amauri Bezerra/Reprodução 

Longe das novelas desde 2007, quando esteve no elenco de “Paraíso tropical”, de Gilberto Braga, Renée de Vielmond é conhecida pela discrição. Raramente dá entrevistas ou se deixa fotografar. Em abril, o nome da atriz voltou a circular na internet por causa da morte de José Wilker, com quem foi casada e teve uma filha, a roteirista Mariana, de 34 anos. Os dois se conheceram nas gravações de “Anjo mau”, em 1976.

Renée conta que vem buscando, junto com a família de Wilker, a melhor maneira de disponibilizar para estudiosos de cinema e teatro “a magnífica coleção de livros e DVDs que ele meticulosa, apaixonada e disciplinadamente organizou ao longo de sua vida” e não poupa elogios ao ex-marido.

- O Zé é de uma geração que traçou a arquitetura de uma nova poética teatral. Faz muita falta sua vitalidade, inteligência, sensibilidade, maestria, competência e generosidade - diz ela.

A distância das novelas não foi por falta de oportunidade, ela conta.

- Recebo inúmeros convites, mas nem sempre são personagens para os quais eu me sinta adequada e, além disso, trabalhar em TV exige suportar o ritmo industrial.

Entre as produções às quais Renée disse não estão “Magnífica 70”, série da HBO que está sendo gravada, e a novela "Insensato coração", de Gilberto Braga (2010).

A atriz, de 61 anos (a materia é de 2014), recebe o carinho de fãs saudosos (“agradeço todos os elogios, mas acho que recebo mais do que mereço”) e diz sentir falta de “tudo aquilo que a televisão tem de importante e bom".

Sempre firmando contratos por obra certa na televisão para conseguir dar vazão a seus projetos pessoais e transitar entre diferentes áreas, a atriz cursou a faculdade de História da PUC-Rio no fim dos anos 1990.

- Continuo envolvida com os meus estudos. Quando prestei vestibular para a PUC, minha intenção não era construir uma carreira acadêmica. Acreditava, e continuo acreditando, que estudar é importante para tudo. É meu fio terra, me ajuda a me posicionar no mundo.

A decisão da filha Mariana pelo meio artístico não foi fácil, conta a atriz.

- Mariana cursou Psicologia e só depois teve certeza de que escrever era sua vocação. Ela se formou vendo os pais trabalhando em teatro, cinema e televisão. Aos dois anos, já se sentava ao lado do pai para ajudá-lo a colocar o papel carbono na máquina de escrever - diz ela.

Quando Mariana se profissionalizou como roteirista e escritora, escreveu para Wilker personagens em dois filmes: "Giovanni Improtta" e "Isolados".

- Ele ficou muito tocado e comovido.Era uma parceria construtiva, de um amor profundo,de cumplicidade.

- Mas não da exposição do artista a um tipo de curiosidade voraz e perversa - ressalva.

Renée interpretou, em 1971, no início de sua carreira na TV, a professorinha Juliana em “Meu pedacinho de chão”, da TV Cultura. No remake de Benedito Ruy Barbosa que a Globo exibiu este ano, o papel coube a  Bruna Linzmeyer.

- Que novela maravilhosa! Impecável, brilhante, original e criativa quando incorporou elementos do circo, da música e do teatro. E, assistindo aos capítulos, me lembrei, para meu espanto, de textos inteiros da Professorinha Juliana que pensei haver esquecido.

Sempre firmando contratos por obra certa na televisão para conseguir dar vazão a seus projetos pessoais e transitar entre diferentes áreas, a atriz cursou a faculdade de História da PUC-Rio no fim dos anos 1990.

- Continuo envolvida com os meus estudos. Quando prestei vestibular para a PUC, minha intenção não era construir uma carreira acadêmica. Acreditava, e continuo acreditando, que estudar é importante para tudo. É meu fio terra, me ajuda a me posicionar no mundo.

A decisão da filha Mariana pelo meio artístico não foi fácil, conta a atriz.

- Mariana cursou Psicologia e só depois teve certeza de que escrever era sua vocação. Ela se formou vendo os pais trabalhando em teatro, cinema e televisão. Aos dois anos, já se sentava ao lado do pai para ajudá-lo a colocar o papel carbono na máquina de escrever - diz ela.

Quando Mariana se profissionalizou como roteirista e escritora, escreveu para Wilker personagens em dois filmes: "Giovanni Improtta" e "Isolados".

- Ele ficou muito tocado e comovido.Era uma parceria construtiva, de um amor profundo,de cumplicidade.

Fotogaleria Renée de Vielmond

José Wilker e a esposa Renée de vielmond em 1976

Renée de Vielmond 'morta' por Faustão em 2016

Renée de Vielmond 2014

Renée de Vielmond 2007

Materia originalmente produzida e postada em 2014 na coluna da Patrícia Kogut do Jornal O Globo e reproduzida neste blog em 21 de dezembro de 2021

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